RESULTADO IX CONCURSO LITERÁRIO VIRARTE

RESULTADO IX CONCURSO

LITERÁRIO VIRaRTE



Premiados

1º lugar – Clevane Pessoa de Araújo Lopes – Belo Horizonte-MG - De poetisa

2º lugar – Luiz Gondim – Rio de Janeiro-RJ - Máscaras

3º lugar – Elaine Maria Goulart Nunes – Rio Grande-RS - Por uma fresta

Troféu Primeiras Letras – Gustavo Sthal – Santa Maria-RS - Constante acidez temporal

Troféu Talento Jovem – Robson Weiss Machado – São Luiz Gonzaga-RS – Dialética

Troféu Escrevinhador – Geraldo Trombim – Americana-SP - Canto da página

Troféu Destaque da Casa – Leandra Cohen – Santa Maria-RS – Um menino chamado Jonh



Classificados



4º lugar – Aldemir Lencini – Poesia tradicionalista II

Clevane Pessoa – Dos ciúmes e do ciumento

Luiz Gondim – Quimera

Maria Apparecida S. Coquemala – Faz tempo

Nurimar Bianchi Mello – Descobertas

Reginaldo Costa de Albuquerque – Ferro em brasa

Renato Schorr – Devaneios

5º lugar – António Boavida Pinheiro – Poema incompleto

Larí Franceschetto – Reminiscências

Fernando Catelan – Rasgando carnes

Francisco Ferreira – Voyeurs

Clevane Lopes – Dos recomeços

Lóla Prata Garcia – O colar de Cora Coralina

Nurimar Bianchi Mello – Retorno

Patrícia de Paula Aniceto – Confissão

6º lugar– Luiz Gondim – Tarde de chuva

Francine de Oliveira Palma – Corpos

Haydée S. Hostin Lima - Léia

Aldemir Lencini – Poesia tradicionalista I

Francisco Ferreira – Operariado

Maria B. Venite – luminescência

Renato Schorr – Remanso e calmaria

Kelly Cristine Vargas – Invalidez

Lina Maria Lisboa da Silva – O poder do Zéfiro

7º lugar– Jussara G. Zanatta – Documentário selvagem

Antônio Vilela Pereira – Felicidade/

Um cadinho de ternura

Larí Franceschetto – Ainda existe um lugar

Lina Maria Lisboa da Silva – A partida

Caroline M. de Moraes – Silêncio/Sossego/ Acaso

Clevane Lopes – Das sementeiras

Nurimar Bianchi Mello – Espreitar

Fernando Catelan – Beijos desfalecidos

Elaine Maria Goulart Nunes – Flores roubadas

8º lugar– António Boavida Pinheiro – O saber

Frederico Eduardo Wollmann – Bom êxito/

Sabedoria é adorno

Pâmela Leão – Triângulo amarrotado

Denivaldo Piaia – Ai de mim/ Tudo pode o poeta

Caio Henrique Solla – Conselho em haicais

Lóla Prata Garcia – Convênio/ Porta do céu

Wagner Luiz Aniceto – Faz de Conta

Fernando Catelan – A marcha

Maria Apparecida S. Coquemala – Outono

Mary Azambuja – Existência

Elaine Maria Goulart Nunes – Réplicas

9º lugar– José Alves Camargo – Stand-arte

(M) a rte, In-espero

Antônio Vilela Pereira – A terra, o sol e a humanidade

Iva da Silva – Vida

Larí Franceschetto – Madrugada

Maria B. Venite – Drops em versos 2

Nara Regina de Almeida Lucion – Balalaida

Reginaldo Costa de Albuquerque – Homem-bala

Terezinha Ofélia Nascimento Rennó – Laços de ternura

10º lugar– Adriana Pavani – Somos como um rio

António Boavida Pinheiro – És um vencedor

Benedito Pereira da Costa – Inexplicável

l Kelly Cristine Vargas – Rumo incerto

Pedro Franco – Calar, quem há de

Pâmela Leão – Se merecesse, um título, o teria!

Francine de Oliveira Palma – Olhos

Geraldo Trombim – Porções dispépticas

Maria Apparecida S. Coquemala – A rosa vermelha

Caio Henrique Solla – Radar quebrado

Wagner Luiz Aniceto – Ilações

11º lugar – Maria B. Venite – Drops em versos

Maria Nedy Rossini– Belezas da vida/

Ilusão perdida

Nestor Silva Salles – Ébrio

Pedro Franco – A menina desconsolada

Lenon Silva Alves – Mão acolhedora

Versos inacabados

Denivaldo Piaia – Benditos os frutos

Marcelo Ávila Marques – Árido oceano/

A barata e a borboleta

Geraldo Trombim – Inventário

Caio Henrique Solla – Ao pó

Clevane Pessoa – Da rotina

12º lugar– João Justiniano – Coerência

Gustavo Stahl – A dor da minha solidão

Nestor Silva Salles – Almas desabitadas

Pedro Franco – Todos, todos mesmo

Pâmela Leão – Desritmado

Lina Maria Lisboa da Silva – As voltas com a genética

Marcelo Ávila Marques – A distância do desejo

Francisco Ferreira – Guerra santa

13º lugar – Adriana Pavani – Prova de fogo

Jussara Grapiglia Zanatta – Miragem/

Realizações

Rômulo Portella Silva – Mente perigosa

André Nacur – Canção para não acordar

Caligrafias

Mary Azambuja – Outono

Neísa Leite Veleda – Cromo

Maria Nedy Rossini– Noite de amor

14º lugar- Adélia Eisnfeldt – Teia /Vindima

André Nacur – Ah... a poesia

Clevane Pessoa – Do inesperado

Nara Regina de Almeida Lucion – Um feliz

encontro de acasos

Josiane Vítor Lerino – Questão de nível

Lenon Silva Alves– Ecos da paixão

15º lugar– Adélia Eisnfeldt – Vertente

Kelly Cristine Vargas – Ríspida dor

Mary Azambuja – Imprevisto

Gustavo Belladona – Mundo flor

Gustavo Stahl – Deprimente mundano oprimido

Renato Schorr – Um róseo anjinho

Terezinha Ofélia Nascimento Rennó - Expectativa



Convidados especiais

Auri Sudati – Santa Maria-RS

Ayda Bochi Brum – Santiago-RS

Eliana Wismann Alianak – São Paulo-SP

Onilse Noal Pozzobon – Santa Maria-RS

Nere Beladona – Restinga Seca-RS

Rita Velosa – Américo Brasiliense-SP





Coordenadoras:

Edinara Leão e Solange Battirola

Concurso 2011

Movimento virArte
Fundação 21/10/2003
Registro 1088 de 27/10/2003 – CNPJ 05.988.883/0001-03
VIII CONCURSO LITERÁRIO virArte

Regulamento

Objetivo: Promover e divulgar a arte literária.
Participação: Aberta a poetas do Brasil e exterior, tema livre, e poemas de, no máximo, 28 linhas.
Inscrições: Até 20 de fevereiro de 2011, no valor de R$10,00 (p/3 poemas)
Estudantes: Isentos; Sócios: R$5,00
Depósitos: Banco do Brasil, ag. 0126-0, conta-poupança 40565-5, variação 1 (anexar comprovante)

Dados: Trabalhos digitados em espaço 1,5, fonte Times New Roman 12, sob pseudônimo, por email ou cd e uma via impressa.
Anexar: por email ou cd e uma via impressa.
1. Nome e pseudônimo 2. Título dos poemas
3. Endereço/e-mail/telefone 4. Biografia (5 linhas) e foto
(mencionar quem o convidou e como ficou sabendo do Concurso)

Destino: Para VIII CONCURSO LITERÁRIO virArte
edinaraleao@yahoo.com.br e
Rua Marquês do Herval, 279 – 97060 .430 Santa Maria-RS

Premiação: 1º lugar – Troféu, publicação e 3 livros
2º e 3º lugares – Troféu virArte
Troféu Primeiras Letras – até 11 anos.
Troféu Talento Jovem – até 18 anos.
Troféu Escrevinhador – Conferido pela Entidade.

Será editado livro em edição cooperativada. Premiados que não se fizerem presentes deverão arcar com as custas do envio de sua premiação.
Resultados: sairão em 20 de março de 2011
Contatos: (55) 3311 6879; 8124 3102; 9942 3598.
Nossos Endereços na net: http://virarte.freevar.com blog: http://movimentovirarte.blogspot.com
Comunidade: http://orkut.com.br/community.aspx?cmm=20383303
Seja Sócio virArte. A arte agradece!
Jóia: R$10,00 Anuidade: R$24,00 Descontos: 50% na inscrição 15% na publicação
Todo ano são lançados livros de sócios na série “Escrevinhador”.
Coordenadora geral: Edinara Leão

AGENDA 2011

Movimento virArte
Fundação: 21/10/2003
Reg. 1088 de 27/10/2003
CNPJ 05.988.883/0001-03





Agenda
virArte
2011


Coordenadoras:
Amélia Morcelli – Edinara Leão
Iolanda Beltrame – Marfiza Romero Moreira
Viviane Marconato – Solange Battirola
Colaboradores:
Berenice Dutra – Brasília Figueira
Camarguinho – Chico Sosa
Vyrena – Wilson Guanais


dias de sol me esquecem
flores guardadas nos livros
permanecem

Lúcia Santos

O frio é um açoite.
Sem teto, sempre discreto
vira bicho à noite.
Olga Amorim

Gato aquece sonhos
perto do fogão de lenha
– um verão no inverno...

Clevane Pessoa

Foi superciente
quem inventou a ilusão
que segura a gente.

João Justiniano da Fonseca

Uma ave menina
balança o corpo e não cansa
no eco de um cais

Edinara Leão

O sol nasce opaco
O vento corre gritante
Dia invernal.

Priscila Finger do Prado

Participe da Agenda Literária virArte!
• Estilo livro - 160 pág. – 14X21
• Capa colorida/plastificada
• Ficha catalográfica
• Algumas páginas coloridas

Envie um haicai, quadra ou poemas curtos até 8 versos com tema livre,
até 30/09/09.

Mande ilustrações, se desejar.
Também serão aceitos 12 sonetos.
Critério: chegada.
(Mencionar quem o convidou)
para
virarteslg@gmail.com preferencialmente
ou para o endereço de quem o convidou em CD.

Investimento:
Poema: R$ 60,00+envio (pagam. até 05/10/2010)
Mais trabalhos, aceita-se parcelamento.
• Recebe 3 agendas por texto colocado.
• Estudantes R$ 20,00 (recebe 1 agenda)
• Obra arte/sonetos pág color: 100, (5 ag)
• Pensamento: R$ 10,00. (2 pens – 1 agenda)

Seja sócio virArte e participe das decisões e empreendimentos do grupo!
A arte agradece!
Jóia: R$ 10,00 Anuidade: R$ 24,00
(recebe carteirinha)

Site: http://br.geocities.com/vir_arte/
Blog: http://movimentovirarte.blogspot.com/
Com:http:/www.orkut.com/Community.aspx?cmm=20383303
Convidado por: ........................
Dúvidas: virarteslg@gmail.com
Sol dourado
Hortência azul
Tarde vaidosa.

Onilse Noal Pozzobon
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2010 )

redefinição

vencidos os últimos
estampidos de luz,
a noite
engole o dia

Edinara Leão
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2010 )
Uma explosão
De sentimentos
Que minha vida
se virou em cacos

Amélia Morcelli
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2010 )

Beijos

duas bocas loucas
duas bocas roucas
duas bocas poucas.

Mário Annuza
Rio de Janeiro - RJ
( Agenda virArte, 2010 )
As saias são curtas
e não mostram-me as pernas
crianças despidas e piratas
o vento sopra... favorece.

Pâmela Leão
São Luiz Gonzaga - RS
( Agenda virArte, 2010 )

Sombra

O que faria dos dias
sem ter a sombra sua,
para me refletir e acordar
esse amor que
cresce em mim?

Viviane Marconato
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2010 )

Hoje

Na carícia o vazio,
no anseio a certeza,
no passado o estio,
no futuro... Quem sabe?
É verão e faz frio!

Alda Paulina S. B. Borges
Porto Alegre - RS
( Agenda virArte, 2010 )
Dias e noites
passam a galope
eu caminho

Eliana Wissmann Alyanak
São Paulo - SP
( Agenda virArte, 2010 )

O coreto

Pássaros na feira
confundem velho coreto
com um co-côreto!

José Alves Camargo
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2010 )

Mendigo

não tenho casa:
eu moro dentro
de mim mesmo.

Mário Annuza
Rio de Janeiro - Rj
( Agenda virArte, 2010 )

Lirismo

Ando assim sendo
Desenhos inacabados
Magias em tardes amarelinhas
Pedaços de elegia
Frescor das manhãs
Tardes acinzentadas (mas só para alguns)
Absoluta redenção
A unidade das estrelas
Sonhos...e um pesadelo
O colorido da fantasia
O pão e o queijo também.
O giro da canção
O vazio da solidão
As gotas de chuva
A crença contida
Um poema inatingível.

Amne Pergola
(Atibaia - SP)
Antologia virArte : Murmúrios, 2009
Blog da Poeta: Colcha de retalhos

.

reencontro

Ela chorou.
Por ter a oportunidade,
De conhecer.
Um velho amigo
Do seu velho.

O amigo chorou.
Com a emoção,
De voltar à vê-los.

Ele chorou.
Por ter a felicidade.
De reencontrar,
Seu grande amigo.

Enfim os três choraram.
Porque naquele momento
Só as lágrimas,
Diriam tudo.

Sim tudo,
Que as palavras,
Trancadas na garganta,
Não conseguiram,
Expressar.

Vilmar Medeiros

leia mais aqui: Blog

.

Marinha

Maré alta
Gosto de vida
Tempo de amor
Aroma de sal
Sol ardente
Corpos na areia
Teus dedos
De seda
Deslizam em mim.

Iolanda Beltrame
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2009 )

"Homenagem de honra 2009"

O agradecimento do virArte por ser a pessoa que deu o maior apoio para a criação do movimento em Santa Maria.

Mordaças

Acabrunhados por dores alheias
Mal conseguimos
Liberar novas fantasias.
Mergulhados no lodaçal da vida
Absorvemos o subproduto da beleza.
Mataram a poesia?
Não!
Sufocaram o sonho
Amordaçando o poeta.

Marfiza Romero Moreira
São Luiz Gonzaga - RS
( Agenda virArte, 2009 )

"Homenagem de honra 2009"

O agradecimento do virArte por ser a primeira pessoa a acreditar na proposta, ainda embrionária, e trabalhar firme para que chegasse forte ao quinto aniversário.

Vita-morte

A vida
Me imita
Eu a imito
Me demito
me invirto
Erro-rito
Ritmo
Mentimos um ao outro
Brincamos de "se esconder"
Por fim ela me mata...
E eu canso
De brincar.

Camarguinho
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2009 )

Tinta viva

Me encontro nas palavras
que tingem os tecidos.
Agora retalhos.
Antes, peças inteiras
nos teus dias,
e eu também.
Em instantes formamos
um só,
mesmo recortados
estendidos e desbotados,
nos completamos,
no varal que cada um tem.

Sheila Marinho
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2009 )

Muro

Do outro lado do muro
Pode ser alegria
Com crianças
A brincar
Do outro lado do muro
Muitas coisas
Lá terá
Do outro lado do muro
nos espera
O descanso de quem
Nunca mais
Voltará

Amélia Morcelli
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2009 )

Afeto estelar

Guardo
semente
afeto
estelar

Fases da vida
em flores e frutos

Tudo que és

Infinito
escrito
no céu
do teu nome

Roselaine Funari Tonial
Porto Alegre - RS
( Agenda virArte, 2009 )

Spirit móbili

Que droga! Meu caro
Holister. Vivemos entre
A angústia e o prazer

E o equilíbrio é muito
Santo para envenenar de
Sabor alguma coisa.

Geovani Rios
São Luiz Gonzaga - RS
( Agenda virArte, 2009 )

Poeminha Profano

Causa-me arrepios
Pensar através do tempo
Solitário diante da lua.
Penso mergulhar na noite
E sugar as intempéries
Do teu pleno e suculento rio.

Luiz Carlos da Rosa
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2009 )

Nariz

Se os furos fossem pra cima
Bem! Seria um chafariz
Mas como eles são pra baixo
Só pode ser um nariz

Alcione Sortica
Porto Alegre - RS
( Agenda virArte, 2009 )

Distração

tecendo abrigos
no tempo
em árida terra,

esqueci-me
da
passagem

Edinara Leão
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2009 )

Fragmentos

me sinto como uma rosa
a cada pétala caída
um fragmento de alma

Mirela Leão Freire
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2009 )

Efeito

há Musa
por isso
tudo está
como se fosse
amanhecer

é quando
inadiável
abre-se
o terceiro olho
do poeta

: o poema.

Wilson Guanais
São Paulo - SP
( Agenda virArte, 2009 )

Revivendo

Nas velhas páginas fatigadas
Do livro do tempo
Uma pátina azulada
Refaz o seu alento
Desenruga a textura
Destece a trama
Desfaz a urdidura
Verticaliza
E sinaliza
Que adiante
A vida pulula

Cosme custódio da Silva
Salvador - BA
( Agenda virArte, 2009 )

Ensaio

Esculpir o tempo
Num mesmo plano
Começar no fim
Ensaiar no começo
No contar da história
A imagem e a ação
As pessoas se apropriam
De uma única direção!

Lú Gonçalves
Araucária - PR
( Agenda virArte, 2009 )

Pam Orbacam



Luz

O cheiro e a umidade deixaram saudades.
O cheiro e a umidade agora se foram
E o rosa tão rosa das rosas agora é pálido
Como um anêmico crônico na ânsia por sangue fresco e quente,
Embora as borboletas nadem com sincronicidade no ar,
Embora as estrelas continuem a iluminar o céu,
Mesmo que mortas, mesmo que mortas.


Pam Orbacam é o pseudônimo de Paula Miasato, que nasceu em Santo André, São Paulo, em 1970. Formada em Pedagogia, trabalha, atualmente, como assessora de coordenação e mediadora em oficinas culturais e artísticas de um projeto da Secretaria de Educação e Formação Profissional da Prefeitura de Santo André. É também escritora e artista plástica. Teve artigos publicados em sites literários e no site da Prefeitura de Santo André.

Agenda virArte 2008



Vários autores
Capa: "Saudades Eternas"
Pintura de Márcia Bastos
Leia poemas aqui

Mãos

Mãos que atendem o corpo
Para lavar, para vestir...
Mãos que fazem gestos
Para reforçar a comunicação.
Mãos que transmitem carinhos
No ato de cumprimentar.
Mãos que se abrem
Na hora de doar.
Mãos que se fecham
Quando não sabem amar.
Mãos que se distanciam
Na hora de trabalhar.
Mãos que se aproximam
Para postas rezar.

Iva da Silva
São Francisco de Paula - RS
( do livro: Um Pouco de Vida em Cada Poesia, 1980 )
Poema publicado no blog da escritora: aqui

Enquanto a cidade dorme

Enquanto a cidade dorme
rememoro
enxovalhados pensamentos
olho o asfalto e as luzes,
mas não vejo nada
tudo o que vejo é nada
um coletivo
duas ou três pessoas
um cachorro,
idas e voltas

a cidade dorme
e não posso adormecer também

Edinara Leão
Santa Maria - RS
( Antologia virArte Aldeia, 2007 )
Blog: Edinara Leão

Azul como o mar

Não te ofereço riquezas
Porque não as tenho.
Não te ofereço esperanças
Porque não as fabrico.
Não te ofereço ouro,
Nem pérolas
Porque ofuscam meus olhos.
Ofereço-te o céu de Brasília,
Azul como o mar.
Ofereço-te a beleza sutil
De nosso cerrado
E seus mananciais.
Ofereço-te as flores do Ipê
Que o vento de maio
Lança sobre a relva.
Ofereço-te a terra sagrada
Que piso e o fogo que
Aquece os alimentos.
Colhe-os!
Colhe-os em teu Ser,
Dádivas são.

Ray Lucena Strehler
Brasília - DF
( Antologia virArte Aldeia, 2007 )

Aldeia

Diante de mim não há apenas o tempo
Das memórias em que vez por outra tropeço,
Há também o espaço do vento
Que sacode os galhos secos
E os pendões que plantei na infância.

Quando a vista não mais alcança
As infindas léguas percorridas
Tantas e muitas e sempre esquecidas,

Quando não se divisa mais nada,
Nem coisas nem vultos nem passarelas,
É a infância que convida
Ir à uma cidadela
De ruas miúdas e sem calçadas
E de uma antiga Estação Velha.

De fato ali nada se desfaz:
O mudo, o tagarela, o pacóvio, o sábio, a bela, a feia,
Tudo ali se satisfaz.
Ali tenho a minha pacata e serena aldeia.

Só às vezes ouço com amargor o trem de ferro
E o apito afundando nas águas do Rio Doce,
Mas até nisso o incômodo é como se fosse
A certeza intacta de um espaço eterno,
Pois ali tenho meu trem de ferro.

Se ainda adiante o espaço me aprisiona
Se ainda adiante o tempo peleia
Se ainda adiante o tempo me escraviza
Ainda adiante tenho minha Aldeia
E ela me liberta e me eterniza.

Roberto Moura de Souza
Uruguaiana - RS
( Antologia virArte Aldeia, 2007 )

Ave Fantasma (1)

Pouso em barrentas águas
banho meu corpo alado,
tirando fuligem das fábricas
minhas penas purificando.

Correnteza antes cristalina
vai levando minha saudade
espraiando pela campina
esta melancolia na tarde.

No brilho do luar formoso,
mãe-lua vem despertar
meu canto outrora formoso.

Agora lamento a murmurar
vento morno, quieto, preso
no âmago deste penar!

João Weber Griebeler
Roque Gonzales - RS
( Antologia virArte Aldeia, 2007 )

(1) Nome do urutau em tupi-guarani, pássaro noturno, de
canto melancólico.

Vento Andejo

Pelos pagos das missões
Campeiam
Ventos audazes
Alardeando vitórias
De um tempo
De muitas glórias
Sendo alento de esperança
Nos desencontros da vida
Alimentando
Paixões, cantos e tradições
Nas coxilhas e canhadas
Produz
Som esquisito
Fomentando mitos
Crenças supertições
Formando
Corpos, mentes, civilizações

Brasília Figueira
São Luiz Gonzaga - RS
( Antologia virArte Aldeia, 2007 )

Vida seca

Singrei-te campos da querência,
que não lhes embebiam por usura
Varri-te as ilhas da consciência,
delas não sacadas as almas puras

Uma vida seca, tudo por vivência,
tudo nada além de toda provação,
que a esturricada terra a demência
fez de acontecer-me por privação

E, vida seca, transitando pela dor,
vinhas da ira a lambiscarem língua,
tantos vi, vida seca, no afã do indolor,
atestados, neles ruboriza uma íngua

E veio, vida seca, todo o desmando,
pelos analfabetos, à mercê de letrados,
céu a margeá-los, ficarem sem mando
do demônio aceitando grácil estrado

Enderecemos, vida seca, uma oração
às almas perdidas ignorantes a Deus,
que Deus teriam elas por sua salvação
se ataviados, vida seca, os rumos teus

Se na lida dura aprisionas meu filho,
vida seca, ofendo-te se és amargura?
Ah, ao caminheiro não obras o trilho,
para depois eleger-lhe a tua sepultura?

Fernando Catelan
Mogi das Cruzes - SP
(Antologia virArte Aldeia, 2007 )
Site : Fernando Catelan

Agenda virArte 2008

Em andamento, participe.

Informações aqui


Agenda virArte 2007
Capa: "Girassóis" - Márcia Dorneles


Leia poemas aqui


Agenda virArte 2006
Capa: "Índia Guarani" - Márcia Dorneles


Leia poemas aqui

Reencontros

Num tempo, num paraíso,
Dois seres se encontraram,
Seus olhares confrontam
Relicário comungado!
E seus corpos afagados,
Eternizam o momento
Perpassando o pensamento,
Que foram um só no passado.

Elenir Vieira Herter
Caibaté - RS
( Agenda virArte, 2006 )

Setembro está chegando...

Um sonho doce as asas abre, voa
e põe o paraíso logo ali.
Manhã de sol. A vida exibe a proa
com seu velame pando em frenesi.

Vou navegar ao léu... - Que coisa boa!
Hoje a esperança sei que me sorri.
Minha caneta, inquieta, não distoa,
mas quer roubar a luz só para si.

Uma andorinha azul (eu sei que as há)
por conta e risco, quer um alvará,
para mandar bem longe invernos frios.

Há verdes no jardim antes deserto...
O amor e primavera estão por perto
e não suportam corações vazios.

Miguel Russowsky
Joaçaba - SC
( Antologia virArte Voragem, 2007 )

Poema promessa

A promessa que eu fiz
Ficou na ponta da língua
Querendo sair
E ao final não saiu
E por isso não veio
O que estava na ponta
Desfez-se ao meio

O sol todo dia vem
Mas nem sempre é visto
Na hora apropriada
Ou no tempo previsto
Sem sol e sem luz
Não se vê quase nada

Nem toda a promessa
Faz a vida florir
Mas há sempre esperança
Na emoção de sorrir
Que um poema talvez
Nunca vai definir

Fortunato Oliveira
Santiago - RS
( Antologia virArte Voragem, 2007 )

Uni(versos)

" O poeta é um mentiroso que acaba
dizendo as mais belas coisas "
(Carlos Drummond Andrade)


O mo(vi)mento é amor à seiva,
domingo no cais
sol nos escombros
um quarto intacto
um minuto a menos.
Olhos vermelhos
na cinza da quarta
um fato avulso
uma barata na gaveta
um verso caótico,
uma moeda no bolso.
Como os pássaros acendem
a luz que apaga a noite
quero lua que me entorpeça
e sem ter pressa de voltar,
não me perca.

Larí Franceschetto
Veranópolis - RS
( Antologia virArte Voragem, 2007 )

Rio & tempo

funéreo o penhasco
suja a água
sem o dom original,
desacompanhada do leito
já sem curso

mas as gentes sorriam e
falavam
olhando o estranho rio,
com dobras no curso
longe do leito

no escuro do rio
– as dores das gentes
escuras também
em seu parco viver.

Edinara Leão
Santa Maria - RS
Poema publicado no blog da escritora: aqui

( De longe, vejo... )

De longe, vejo
teus olhos em meio
a neve
Logo sedas avermelhadas
soltam-se
como se fossem
plumas...
Caem, sangram

respingam na
menina o tempo
que não volta mais.

Viviane Marconato
Santa Maria - RS
Poema publicado no blog da escritora: aqui

Fogo fátuo

A noite
não me ilude mais
com sua lua
suas estrelas
e alguns dias

hoje
só me interessa
aquilo que

- suspenso entre
um brilho
e outro -

não
consigo enxergar
ainda.

Wilson Guanais
São Paulo - SP
( Antologia virArte Voragem, 2007 )
Blog Cemitério de navios

Tecendo a poesia

A poesia
Mescla fios
Da fantasia
E da realidade.
Entrelaça saudade
Da canção
Do sim e do não
A poesia trama sedução...
No tear da vida
A poesia
É urdideira
Tecendo com fios
Desfiados do coração.

Maria Rita Dutra Giacomelli
São Luiz Gonzaga - RS
( Antologia virArte Voragem, 2007 )

Dúvida

Queria
poder
entender.
Saber
o porquê
da sensação
que vai...
que volta...
que fica
não sai;
que faz
do pensamento
tormento
fomento
de guerra
interior
entre dois
contendores
senhores
da forte
da fraca
indecisa
rasão.

Rita Bernadete Sampaio Velosa
Américo Brasiliense - SP
( Antologia virArte Voragem, 2007 )
Blog Cyber Ratoeira

Entre a cruz e a cicuta

Dois mundos
Dois pensamentos
Dois condenados
Nada escreveram
Muito deixaram

Mudaram o mundo
Dividiram a história
Ensinaram a crença

Pré e pós
Antes e depois
Um tomou cicuta
O outro morreu na cruz
Sócrates o filósofo
E o mestre Jesus

Cosme Custódio
Salvador - BA
( Antologia virArte Voragem, 2007 )

Voragem - coletânea literária 2007



Capa "Sonho"
(de Cláudia Morais)

Nostalgia

Deus acende a lâmpada do sól.
Manhã-nubente despe-se do véu.
Um bando de carneiros fugitivos corre o céu...
Pássaros vibram sons de violinos.
Os anjos com os raios mais finos
De luz, costuram sentimentos.
Sinos embalados pela brisa do alvorecer
Revelam uma profunda nostalgia
Que quase ninguém consegue ver...

Lúcia Barcelos
Porto Alegre - RS
( Agenda virArte, 2007 )

Portas

Portas se abriram
A porta se abriu
Hesitei! Recuei!
Melhor ficar
aqui, misturando
palavras açucaradas
do poeta
com água da chuva
E... depois...
Bebe-las até o
último gole.

Viviane Marconato
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2007 )
Blog Viviane Marconato

Poeminha profano

Causa-me arrepios
Pensar através do tempo
Solitário diante da lua.
Penso mergulhar na noite
E sugar as intempéries
de teu pleno e suculento rio.

Luiz Carlos da Rosa
Santa Maria - RS
( Antologia virArte Corpus, 2006 )

S.O.S

A mata estremece
apavorada!
O coração da terra
grita
sofre
e sangra.
Incinerado.

Marfiza Romero Moreira
São Luiz Gonzaga - RS
( Agenda virArte, 2007 )

Instantes

Dois vultos se casam na sombra...
Ontem casais de namorados que não
sonharam ser eternamente namorados...
Transitam
Para onde vão?
Para o amor.
Que nunca o adeus
Lhes turve as vertentes dos sonhos.

Cleide Muniz Sanches
Curitiba - PR
( Agenda virArte, 2007 )

a escritora Edinara Leão










Novos (velhos) tempos

Nuvens em janeiro?
- não!
Névoas em janeiro?
- sim!
E nos mecânicos sonhos
dos novos,
o cosmo se renova,
é verão
e o sol aquece,
clareia,
só não dilui
a escuridão do coração,
não esvanece a dor
não faz nascer o amor
o amor
só sente a nostalgia
do paraíso
- in illo tempore -
e o desejo cru
de reintegrar-se
à criação
já não podendo...Ser!


Edinara Leão
in Quando sopram os trigais
Borck /virArte 2006 - Série Escrevinhador vol. I

Meus Sonhos

Há uma mulher
Que vagueia,
Como um fantasma,
Toda de branco,
Pelos porões de minh´alma.
Há uma mulher
Em formas de
Plumas algodoadas,
Que não pousa em meu leito.
Há uma mulher
Com um olhar triste,
Que povoa meus sonhos.
Há uma mulher
Que se põe distante,
Sob a luz âmbar,
Solitária no bar.
Esta mulher,
Como um fantasma,
Vai lentamente,
Com sua melancolia
Tragando a si mesmo.
O eu poeta,
Irresponsavelmente,
Vai contemplando-a e,
Indelicadamente
Descrevendo-a em versos.

Luiz Carlos Nascimento Da Rosa
Pirapó - RS
( Antologia virArte Limiar, 2006 )
Quando sopram os trigais
Edinara Leão
Borck /virArte 2006 - Série Escrevinhador vol. I





Edinara Leão escreveu Minhas Faces (1991) e (a)MOSTRAgem (2001). Tem participação em 70 coletâneas literárias. Foi escolhida a Escritora do ano em 2001, 2003 e 2004. É sócia honorária da CAPORI, recebeu em 2003 a Medalha Nelson Fachinelli de incentivo à cultura. Presidiu a Casa do Poeta de São Luiz Gonzaga em 2002 e 2003. É idealizadora e fundadora do Movimento virArte, que coordena desde 21/10/2003. Edinara vem se destacando como um dos novos nomes da literatura contemporânea.
***
(Mais) Sobre a autora
A verdadeira poesia mexe com o espírito e as paixões do leitor ou, como diz Edinara Leão, "a poesia venta e molha". Está aí uma imagem que não deixa dúvidas: estamos diante de uma poeta.
Para os leitores de poesia que estão fartos do lirismo experimental, conceitual, impessoal, que grassa por esses pagos, é um alento ler os versos de Quando sopram os trigais, nos quais se reconhece, de pronto, a viva voz de uma pessoa, ou melhor , de uma mulher, a se revelar inteira, ainda que escondida ou disfarçada atrás da persona do sujeito lírico.
E o que essa mulher tem a nos dizer? Ora, ela simplesmente põe a nu todas as nossas angústias, incertezas, fracassos, e tudo o mais que as palavras não cobrem - sejamos homens ou mulheres. Por isso mesmo, não recomendo a leitura desse livro a menores de idade ou de inteligência.
Paulo Becker
Escritor

Transcendental

Sou assim puro
azul-anil
céu de mim

Em mim vem
nuvens assim
cinzas de ti
azul de mim

Não minto cores
dores não sinto
amores, em mim
reluz o
fim.

Marisa Cardoso
Florianópolis - SC
( Agenda virArte, 2007 )

Efígie II

Liberto-me
no que a noite tem
de claro

Liberto-me
no que a lavra tem
de eterno

Liberto-me
no que o sono tem
de sonho

Liberto-me
no que o mistério tem
de insano.

Larí Franceschetto
Veranópolis - RS
( Agenda virArte, 2007 )

Momento II

A escada. A porta.
Ninguém baterá.
Pouca palavra.
Os olhos sangram ausências.
As mãos entabulam o querer.
Caminhos aflitos do corpo.
Livros na mesa. Rendição.
Fuga do tempo.

Ele quis demais.
Ela quis demais.

( mas havia o mundo
lá fora )

Edinara Leão
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2007 )
Edinara é coordenadora geral do virArte.
Blog : Edinara Leão

Once again

Na meia-noite adiantada
Reinventada a cada ano
Quase sempre a mesma cena
Velhos gatos moleques
Observam dos telhados
O ano que um dia foi verde
Azul vermelho dourado,
Mesclando sometimes de cinza,
Parar definitivo no número 365
Recolher estrelas caídas no chão
E redistribuir uma a uma
Novas senhas pintadas de branco
Dentro da noite de festa
Que o amanhã chega e finda

Maria Regina Caetano Soares
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2007 )

Amanheceres

Com personalidade
sem servilismo,
desponta
mais um dia.

Que teimamos
em batizar,
numerar
enquadar.
Por quê
não
vive-lo,
apenas?...

João Weber Griebeler
Roque Gonzales - RS
( Agenda virArte, 2007 )
blog : urutau

Preocupação

Drummond morreu,
Borges se foi.
Neruda é morto
e eu não me
sinto
lá muito bem.

Mas todos passaram
dos oitenta
e tiveram
muita saudade
da infância.

Mário Simon
Santo Ângelo - RS
( Agenda virArte, 2007 )

Tiro Cego

Olhos
De olhares
Olhados
Olharam
O homem
Parar
E disparar
Para o ar

A bala
Perdida
Perfurou a escuridão
Matando a claridade.

Cosme Custódio
Salvador - BA
( Agenda virArte, 2007 )

A poesia que eu não sei

A poesia que eu não sei escrever,
É essa com palavras sofisticadas,
Fala uma coisa, se entende outra,
A mensagem, nem sempre, é decifrada.
A poesia que eu não sei escrever,
Tem pouca rima, geralmente,
Versos e estrofes se sucedem,
Mas não encaixam devidamente.
A poesia que eu não sei escrever,
É difícil, a mim, explicar,
Porque com palavras requintads,
Eu não aprendi a trabalhar.
A poesia que eu não sei escrever,
Quem me lê, entende o que eu digo,
Porque os versos, que comumente faço,
Se parecem muito comigo.
A poesia que eu não sei escrever,
Explicar, é tempo jogado fora,
Pois é aquela, leitor amigo,
Que eu não escrevi, até agora.

Iva da Silva
São Francisco de Assis - RS
( Antologia virArte Limiar, 2006 )

Voltaram as Andorinhas

Voltaram as andorinhas,
ao mesmo céu onde tinhas
os sonhos iguais aos meus.
Hoje estou triste... Pudera!...
É setembro!... É primavera!...
Dói muito mais um adeus.

Voltaram as andorinhas,
da mesma forma em que vinhas
carregada de promessas.
As andorinhas, no entanto,
já não têm o mesmo canto...
Eram outras... E não essas!

No ar, perfume das rosas
e asas, asas nervosas
em alegres espirais.
Voltaram as andorinhas...
Voltaram hoje as queixas minhas
porque tu não voltas jamais...

Miguel Russowski
Joaçaba - SC
( Antologia virArte Canções ao Vento, 2004 )

Pâmela

Tem umas luzes
de estrela

Quando ela passa,
todos os passarinhos
cantam

e brota um anjo
da terra.

Ramóm Ayala
Buenos Aires - Argentina
( Antologia virArte Alma de Mulher, 2004 )

Universo

Dizem infinito...
Mas
quando uma criança nasce
um desvalido sorri
uma flor se abre
um pássaro canta
ou alguém abre o coração
perdoando uma injúria
ele se ajeita
procura espaço
e cresce um pouquinho mais.

Alcione Sortica
Porto Alegre - RS
( Agenda virArte, 2006 )